Depois de
muitos anos aconselhando casais, cheguei a uma conclusão indubitável: todas as
pessoas casadas gostariam de ver mudanças no cônjuge. Por vezes, em vez de
expresso, esse desejo é refinado e aprofundado em devaneios.
O marido
sonha acordado com uma esposa que fez as mudanças por ele desejadas e
delicia-se com o produto de sua imaginação.
A esposa,
por sua vez, sonha com um marido que tome a iniciativa de colocar o lixo para
fora. Esses devaneios alimentados em segredo sobre o cônjuge perfeito tornam-se
barreiras para a intimidade no mundo real. No outro extremo, encontramos
maridos ou esposas que não se acanham em exigir mudanças, escolhendo quase
sempre os momentos de raiva para expressar seu desejo. A linguagem ríspida e o
comportamento agressivo revelam quanto gostariam que seu cônjuge fosse
diferente.
Uma esposa
contou sobre uma ocasião em que o marido a empurrou contra a parede e, quando
ela se queixou, respondeu: "Quando você começar a agir como esposa, eu a
tratarei como tal. Até lá, vai ter o que merece". Sem dúvida, por trás das
palavras "começar a agir como esposa" havia uma série de expectativas
específicas de mudança de comportamento da mulher. A esposa que grita: "Eu
não aguento mais arrumar sua bagunça. Faça o favor de virar gente grande"
está revelando sua expectativa de mudança. Entre o extremo do silêncio e o das
exigências grosseiras, milhares de casais vivem com expectativas malogradas. Se
ao menos o marido ou a esposa mudasse, a vida seria tão diferente! Algumas
vezes, procuram expressar seu desejo; em outras, simplesmente desistem e deixam
a frustração tomar conta.
Qual é o
problema?
Como é possível o desejo de ver mudanças no
cônjuge ser tão universal e, ao mesmo tempo, a realidade dessas mudanças ser
tão rara?
Creio que a resposta pode ser encontrada em
três fatores:
1-Começamos
da maneira errada.
2-Não
entendemos o poder do amor.
3-Não
sabemos comunicar de forma eficaz o desejo de ver mudanças no cônjuge.
Este ESTUDO
responderá à pergunta: "Como conseguir que meu cônjuge mude sem
manipulação?".
Nas próximas páginas, desejo mostrar o ponto
de partida correto, algumas maneiras de usar o poder do amor e como desenvolver
a habilidade necessária para pedir mudanças.
Sei que você
é uma pessoa ocupada, por isso, procurei escrever um estudo conciso e objetivo.
Apesar da concisão, é um estudo eficaz e tem o potencial de realizar as
mudanças tão desejadas em seu cônjuge.
Não será
fácil aplicar os princípios que vou ensinar, mas, se você o fizer, terá ótimos
resultados. Em minha experiência como conselheiro, nunca conheci alguém que
tivesse se esforçado para aplicar esses princípios sem ver mudanças
consideráveis no comportamento do cônjuge. Este estudo é dividido em três
seções correspondentes às questões fundamentais já mencionadas. Vou conversar
com você como se estivéssemos em meu consultório de aconselhamento e
compartilhar o que tenho compartilhado com centenas de casais ao longo de minha
experiência.
Se você estiver pronto, podemos começar.
1-Começando
da maneira certa
As pessoas
que desejam ver mudanças no cônjuge sempre começam da maneira errada.
Um jovem
chamado Ronaldo é um exemplo clássico.
Mal entrou
em meu consultório e foi logo me dizendo que a esposa, Silvia, havia se
recusado a acompanhá-lo.
O que está acontecendo?
perguntei.
Em primeiro
lugar, minha esposa é terrivelmente desorganizada.
Ela passa
metade do dia procurando a chave do carro.
Nunca sabe
onde encontrar suas coisas, porque não se lembra onde as deixou.
Não é um
caso de Alzheimer ela só tem 35 anos.
E um
problema de desorganização.
Já tentei ajudá-la, mas ela não aceita nenhuma
sugestão minha.
Diz que estou querendo controlá-la. Mas não é
isso.
Só quero
facilitar a vida dela.
Se ela se organizasse melhor, com certeza minha
vida também seria mais fácil.
Perco um
bocado de tempo ajudando-a a procurar coisas que ela perdeu.
Fiz algumas
anotações enquanto Ronaldo falava e, quando ele terminou, perguntei:
Alguma outra
área problemática?
Dinheiro.
Eu tenho um
bom emprego e ganho o suficiente para vivermos tranquilos, mas Silvia gasta
além da conta.
Ela nunca pesquisa preços, nunca pede
descontos nem sabe aguardar as liquidações. Buscamos um consultor financeiro,
mas ela não segue as orientações dele.
Agora temos
uma dívida de 5 mil dólares de cartão de crédito, e, mesmo assim, ela não pára
de gastar.
Quando ele
fez uma pausa, perguntei novamente.
Há alguma
outra coisa incomodando você?
Na verdade,
há sim. Ela também não se interessa por sexo.
Parece até que poderia viver sem isso.
Se não tomo
a iniciativa, nunca acontece nada.
E, mesmo
quando eu a procuro, muitas vezes ela me rejeita.
Eu imaginava
que o sexo fosse uma parte importante do casamento, mas, pelo jeito, ela não
pensa como eu.
No decorrer
da sessão, Ronaldo falou de mais algumas frustrações decorrentes do
comportamento da esposa.
Comentou que
havia se esforçado de todas as formas possíveis para fazê-la mudar, mas com
pouquíssimo ou nenhum resultado.
Estava
pronto para desistir de tudo.
Havia me
procurado porque tinha lido meus estudos sobre casamento e pensou que, talvez,
se eu telefonasse para a esposa dele e nós conversássemos, eu poderia
convencê-la a mudar em algumas coisas.
No entanto,
minha experiência me diz que, se Silvia viesse a meu consultório, contaria uma
versão diferente da história.
Ela me
falaria dos problemas dela com Ronaldo, de como, em vez de ser compreensivo, o
marido era exigente e ríspido.
Talvez dissesse: "Se Ronaldo fosse um
pouco mais gentil e romântico, eu me interessaria por sexo".
E
comentaria: "Pelo menos uma vez na vida, gostaria de ouvir um elogio sobre
uma compra que fiz, e não mais palavras de reprovação por gastar tanto".
Em resumo, sua perspectiva seria: "Se
Ronaldo mudasse, eu também mudaria".
Existe alguma esperança para Ronaldo e Silvia?
Eles podem conseguir as mudanças que desejam
ver um no outro?
Creio que
sim, mas, em primeiro lugar, precisam mudar radicalmente a abordagem.
Estão
começando da maneira errada.
Em meu
trabalho como conselheiro, descobri que a maioria dos princípios de
relacionamento verdadeiramente eficazes não são novos.
Muitos podem ser encontrados na literatura da
Antiguidade e resgatados do esquecimento.
O princípio de começar da maneira certa, por
exemplo, pode ser encontrado numa lição de Jesus, conhecida como Sermão do
Monte.
Farei uma
paráfrase da citação de modo a aplicar o princípio diretamente ao relacionamento
conjugai:
"Marido,
porque você repara no cisco que está no olho da sua esposa, mas não se dá conta
da viga que está em seu próprio olho?
Ou, esposa,
como você pode dizer ao marido: 'Deixe-me tirar o cisco do seu olho', quando há
uma viga no seu?
Hipócrita,
tire primeiro a viga do seu olho, então você verá claramente para remover o
cisco do olho do seu marido".
O princípio
é claro: você precisa começar com a viga em seu próprio olho.
Observe com
atenção que Jesus não diz: "Não há nada de errado com seu cônjuge.
Pare de pegar no pé dele".
Na verdade, ele sugere a existência de um
problema com o outro quando diz:
"Quando
você tiver tirado a viga do próprio olho, poderá ver mais claramente e remover
o cisco do olho do cônjuge".
Todo mundo
precisa mudar em alguma coisa.
Não existem cônjuges perfeitos apesar de eu
ter ouvido a história de um pastor que perguntou:
"Alguém
aqui conhece um marido perfeito?".
Um homem no
fundo da igreja levantou a mão sem hesitar e respondeu:
"O primeiro marido de minha esposa".
Assim, se
existem maridos perfeitos, todos eles já morreram.
Nunca
encontrei um marido que não precisasse mudar.
Também ainda
estou para conhecer a esposa perfeita.
TEM
CONTINUAÇÃO DIARIAS.
NOSSO SITE
http://missaobatistaemvilavelha.blogspot.com.br/

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