ELOGIE
ANTES DE PEDIR
Mary Poppins
estava certa quando cantou: "Uma colherada de açúcar ajuda o remédio a
descer". Os elogios tornam o pedido de mudança mais palatável. Sugiro uma
proporção de três para um. Diga-me três coisas que você gosta em mim e um
aspecto em que você gostaria de ver mudança.
Digamos que,
nesta semana, minha esposa vai me pedir para, antes de sair do banheiro, tirar
os fios de cabelo que ficaram no ralo do box. O cabelo no ralo incomoda minha
Esposa, e esta semana é a vez de ela fazer um pedido. Antes de ela expressar O
que deseja, ela diz: "Em primeiro lugar, fico feliz por você guardar suas
roupas. Ouvi outras esposas comentando como o marido deixa a roupa espalhada
pela casa e elas precisam ir atrás juntando tudo como se ele fosse uma criança.
Você sempre guardou suas roupas. Vai ver que sua mãe o ensinou a fazer isso. De
qualquer modo, isso me deixa satisfeita.
"Em
segundo lugar, gostaria de agradecer por você ter lavado o pára-brisa de meu
carro ontem. É muito bom quando você faz isso. "E, em terceiro lugar,
saiba que gosto muito quando você passa aspirador na casa às quintas-feiras.
Você não sabe como isso me ajuda. Um... dois... três... Preparado? Fico doida
com aqueles fios de cabelo no ralo." Posso me esforçar para não deixar
cabelo no ralo, e provavelmente é isso que vou fazer. Por quê? Porque minha
esposa gosta de mim! Veja só: eu sou melhor do que alguns sujeitos (que não
guardam as próprias roupas) e desejo ser um marido melhor. É muito raro
encontrar um homem que não deseja ser um marido melhor. Tempos atrás, deparei
com alguém assim. Ele me disse: "Minha esposa não merece coisa melhor".
Talvez, mas a maioria dos homens gostaria de ser melhor. A meu ver, se um homem
aceitar uma sugestão de sua esposa por semana e esforçar-se ao máximo para
atendê-la, ficará surpreso em ver como terá se tornado um marido muito melhor
em três meses. O mesmo vale para as esposas que se dispuserem a aceitar uma
sugestão do marido a cada semana e procurarem melhorar. Na verdade, posso até
fazer uma previsão: se você colocar em prática esse plano para pedir mudanças,
um dia, daqui a quatro ou cinco meses, quando disser para seu cônjuge: Pode
fazer sua sugestão da semana. Ele vai responder: Esta semana não tenho nada
para pedir. Que maravilha! Que progresso! Desse ponto em diante, talvez seu
cônjuge não tenha um pedido por semana. Aliás, talvez se passem várias semanas entre
um pedido e outro. No entanto, você deve continuar a permitir ao outro a
oportunidade de lhe pedir algo e dizer como pode se tornar um marido ou esposa
melhor. Eis um ponto importante: Quando você fizer um pedido e seu cônjuge se
esforçar para atendê-lo, não se esqueça de notar e elogiar essa iniciativa. Sem
elogios, os pedidos podem parecer queixas. Como um marido disse: "Eu me
esforcei tanto para melhorar, e o que ela fez? Mais uma crítica! De vez em
quando, seria bom ouvir que estou fazendo alguma coisa direito". Ao
reconhecer os esforços do cônjuge para melhorar e ao elogiar suas
características positivas, você o motivará a fazer outras mudanças.
PENSE NISTO
Quando
casamos, descobrimos uma porção de coisas novas sobre a outra pessoa. Algumas
delas nos irritam ao extremo. São a mosca na sopa da união conjugai. Talvez,
depois de tomar banho, seu marido deixe a esponja encharcada no canto do boxe.
Você entra no banheiro e se pergunta: "Quem ele pensa que vai pegar a
esponja e colocar para secar?". Ou, talvez, as roupas de sua esposa não
saibam chegar sozinhas aos cabides e os sapatos dela não conheçam o caminho até
o guarda-roupa. Talvez o marido não consiga escovar os dentes sem deixar uma
porção de pontinhos brancos no espelho. Quando a esposa troca o papel
higiênico, sempre põe o rolo virado para o lado errado. O marido sempre deixa a
tampa do vaso levantada. A esposa sempre espreme o tubo da pasta de dente no
meio, e não embaixo, como deveria. Um marido me contou: "Coloquei um aviso
na pasta de dente: Aperte meu traseiro'. Não funcionou!". O que fazer
sobre estas e milhares de outras coisinhas irritantes que vão aparecendo ao
longo dos anos? Minha sugestão: uma vez por semana, peça uma mudança. Se é algo
que você está fazendo ou deixando de fazer e pode mudar, por que não? Rapazes,
se sua esposa gosta das toalhas de banho dobradas em três, quanto tempo leva
para dobrar assim? Dois segundos. Um preço pequeno a pagar para fazer sua
esposa feliz. Tudo bem que sua mãe não dobrava as toalhas desse jeito. Mas
vocês não se casaram com a mãe. A meu ver, devemos mudar em todos os aspectos
possíveis para agradar um ao outro. Se fizermos isso, tornaremos a vida mais
fácil um para o outro e encontraremos harmonia no casamento.
E QUANTO ÀQUILO QUE O
CÔNJUGE NÃO MUDA?
Não seria
justo eu deixar a impressão de que, se você seguir o plano deste livro, em nove
meses ou um ano, seu cônjuge atenderá a todos os seus pedidos.
Na
realidade, há certas coisas em que um cônjuge não pode ou não quer mudar.
Deixe-me exemplificar com minha própria vida: Minha Esposa e eu estávamos
casados havia algum tempo quando percebi que ela sabia abrir gavetas, mas não
sabia fechá-las. Sabia abrir as portas dos armários, mas também não sabia
fechá-las. Aquela porção de gavetas e portas abertas me perturbava. Um dia,
antes de aprender as coisas sobre as quais conversei até aqui, disse a ela:
" quando terminar de fazer suas coisas na cozinha, será que você pode
fechar as portas dos armários? Se eu não tomo cuidado, acabo batendo a cabeça
numa delas. E será que você também pode fechar as gavetas do armário do
banheiro? Quando entro lá, enrosco a calça no canto delas". A meu ver,
foram pedidos simples. No dia seguinte, voltei do trabalho, entrei em nosso
pequeno apartamento e olhei na cozinha as portas dos armários estavam abertas.
Fui até o banheiro e as gavetas também estavam abertas. "Não é fácil mudar
um hábito", concluí. "Vou esperar alguns dias." Esperei uns
dias. Esperei uma semana inteira. Mas todos os dias daquela semana, verifiquei
as portas e gavetas, e todos os dias elas estavam abertas. No final da semana,
pensei: "Talvez ela não tenha ouvido o que eu disse. Talvez não estivesse
muito bem naquele dia e não tenha entendido". Na época, estava fazendo
pós-graduação na área de pedagogia e resolvi usar um pouco de didática. Quando
cheguei em casa, entrei no banheiro, esvaziei a gaveta de cima e chamei Ela
para fazer uma demonstração. Abri a gaveta e lhe mostrei como funcionava. "Esta
rodinha aqui se encaixa naquela canaleta. Funciona que é uma beleza. Você
consegue fechar com um dedo", disse enquanto empurrava a gaveta para
mostrar. Então, levei ela até a cozinha e disse: "Veja só, é só aproximar
a porta o suficiente desse pequeno ímã, e ele fecha a porta para você".
Naquele dia, tive certeza de que ela havia entendido. Quando você usa recursos
visuais, torna a comunicação mais clara, não é? (Posso ouvir uma porção de
esposas me vaiando e com razão. Mas, lembrem-se, eu era jovem e tolo.) No dia
seguinte, quando voltei do trabalho, olhei na cozinha e as portas dos armários
estavam abertas. Entrei no banheiro, e as gavetas estavam abertas. Mais uma
vez, pensei: "Não é fácil mudar um hábito. Vou esperar mais alguns
dias". Esperei uns dias. Esperei um mês. Mas todos os dias daquele mês,
verifiquei as portas e gavetas, e todos os dias elas estavam abertas. No final
do mês, passei um sermão em minha esposa: "Não entendo você. É uma mulher
inteligente, fez faculdade. É uma pessoa profundamente espiritual e, no
entanto, não consegue fechar uma gaveta. Como pode uma coisa dessas?". O
problema persistiu por nove meses, durante os quais usei duas abordagens.
Durante mais ou menos um mês, não dizia nada a minha esposa, mas, por dentro
continuava me perguntando: "O que há de errado com essa mulher?". No
mês seguinte, eu lhe passava uma descompostura. Na verdade, não importava se eu
reclamava com ela ou engolia minhas queixas; ela não fechava as portas e
gavetas. Depois de nove meses de suplício, cheguei em casa uma noite e vi que
nossa filha de 18 meses estava com pontos perto do canto de um dos olhos. O que
aconteceu? perguntei a minha esposa. Para minha surpresa, ela disse a verdade:
Ela caiu e se cortou no canto de uma gaveta aberta. Não podia crer no que
estava ouvindo. Pensei comigo mesmo: Você pode me dizer qualquer coisa, menos
isso. Mas ela falou a verdade. Fiquei tão orgulhoso de minha reação tranqüila.
"Não vou esfregar isso no nariz dela. Não vou dizer: 'Eu avisei'",
pensei. Mas, lá no fundo, pensei: "Aposto como agora ela vai fechar as
gavetas!". E também: "Ela se recusou a me ouvir. Agora Deus está
falando com ela". Mas, sabe de uma coisa? Mesmo depois desse incidente,
ela continuou deixando as gavetas abertas! Dois meses depois (ou seja, onze meses
depois de meu pedido inicial),
finalmente
entendi: "Essa mulher nunca vai fechar as gavetas". Eu aprendo
devagar, mas finalmente a ficha caiu. Enquanto minha mente assimilava o impacto
dessa revelação, fui até a biblioteca da faculdade, sentei-me numa das mesas de
estudo e fiz o que havia aprendido a fazer. Você já ouviu falar desse plano?
Quando não sabe o que fazer sobre um problema, pegue uma folha de papel e
escreva tudo o que lhe vier à mente: idéias boas, idéias malucas, idéias
possivelmente úteis. Então, leia a lista e escolha a melhor alternativa. Foi o
que fiz. A primeira coisa que me veio à mente foi: "Posso me separar
dela". Já havia pensado nisso antes. Meu próximo pensamento foi: "Se
eu encontrar outra pessoa, antes de me casar novamente vou perguntar: 'Você
fecha as gavetas?'". A segunda idéia veio em estágios. Pensei com cuidado
antes de anotá-la: "Talvez, por causa das gavetas abertas, eu fique
infeliz para o resto da vida, de hoje até o dia em que eu morrer, ou minha
esposa morrer". Foi o que eu pensei, então tive de escrever. A terceira
possibilidade, a última que me ocorreu, foi: "Poderia aceitar isso como
algo que nunca vai mudar e, daqui para frente, eu mesmo poderia fechar as
gavetas". De lá para cá, algumas pessoas que ficaram sabendo dessa
história ofereceram outras sugestões. Um homem me falou que se podem instalar
molas nas gavetas e portas para que fechem sozinhas (eu não sabia disso). Outro
me disse que ele teria removido todas as portas dos armários (uma idéia que
nunca me passou pela cabeça). Quando terminei de escrever, olhei minha lista e
risquei imediatamente a primeira idéia. A essa altura, estava no seminário, me
preparando para ser pastor. Pensei: "Se eu me separar, nunca vou conseguir
uma igreja para pastorear". Li a segunda idéia e também a eliminei. "Por
que um homem adulto escolheria ficar infeliz com algo assim para o resto da
vida?" Não fazia nenhum sentido. Sobrou apenas a terceira idéia. Podia
aceitar o fato de que minha esposa nunca mudaria nesse aspecto e, daquele dia
em diante, eu mesmo podia fechar as gavetas e portas. Então, me perguntei:
"Quanto tempo eu levaria para fechar as portas dos armários da
cozinha?". Um... dois... três... quatro segundos. "Quanto tempo eu
levaria para fechar as gavetas do banheiro?"
Um...
dois... três segundos. "Três e quatro são sete. Sete segundos. Acho que
consigo esse tempo na programação do dia." Quando cheguei em casa, disse a
minha esposa: Quanto às gavetas... Ela interrompeu: Amado, por favor não toque
nesse assunto outra vez! Deixe-me terminar falei. Encontrei uma solução. De
hoje em diante, enquanto eu viver, você nunca mais terá de fechar uma porta ou
gaveta outra vez. De hoje em diante, este será o meu trabalho. Fecharei as
portas, fecharei as gavetas e você não terá mais de se preocupar com isso. Sabe
o que ela disse? Tudo bem. E saiu da sala. Para ela não foi nada de
extraordinário, mas, para mim, foi um ponto crítico de minha vida. Desde então,
as gavetas abertas não me incomodam. Não sinto nada quando vejo uma gaveta
aberta. Aliás, se você olhasse em nosso banheiro, na maioria das noites veria
as gavetas abertas. Mas quando eu entro lá pela manhã, fecho todas elas porque
esse é meu trabalho!
Você precisa
estar consciente de que, em certas coisas, seu cônjuge não pode ou não quer
mudar, não importa qual dos dois. Tenho uma esposa extraordinariamente
maravilhosa que aceitou várias de minhas sugestões de mudança. Às vezes, chego
a me perguntar se sua incapacidade de fechar gavetas é genética. E possível!
Mas, quer sejam coisas que ele não consegue, quer sejam que ele não queira
fazer, seu cônjuge não atenderá a todos os seus pedidos. Então, como você vai
lidar com os aspectos em que seu cônjuge não mudará? Creio que o amor aceita
essas imperfeições.
TEM
CONTINUAÇÃO DIARIAS.
NOSSO SITE
http://missaobatistaemvilavelha.blogspot.com.br/

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