As palavras
que encabeçam esta página tocam um assunto
de vasta
importância no cristianismo. Este assunto é o grande dever de separação do
mundo. Este era o ponto que Paulo tinha em mente quando escreveu aos coríntios,
“Saiam –
sejam separados”.
O assunto é
um daqueles que demandam a maior atenção por parte dos que professam e se
chamam cristãos.
Em cada
época da Igreja, a separação do mundo sempre tem sido
uma das
grandes evidências da obra da graça nos corações. Aquele que realmente nasceu
do Espírito e foi feito nova criatura em Cristo Jesus, está sempre tentando
“sair do mundo” e viver uma vida separada. Aqueles que apenas se chamam de
cristãos, mas sem autenticidade, estão sempre se recusando a “sair e ser
separados” do mundo.
O assunto
talvez nunca foi tão importante quanto é nos dias atuais.
Há um desejo
largamente difundido para fazer as coisas agradáveis no cristianismo , cortar fora os cantos e extremidades da cruz,
e evitar, tanto quanto for possível, negar a si mesmo. Em cada parte ouvimos
auto-entitulados cristãos declarando em alta voz que nós não devemos
ser
“fechados e exclusivos”, e que não há mal em muitas coisas que os santos da
antiguidade pensaram ser más para suas almas.
Que nós
podemos ir a qualquer lugar, e fazer qualquer coisa, gastar nosso tempo em
qualquer coisa, ler qualquer coisa, mantermos amizade com qualquer um, e se
lançar em qualquer coisa, e tudo isso enquanto ainda somos bons cristãos este, este é o discurso de milhares.
Em um dia
como este, eu penso nisso atentamente para erguer uma voz de alerta, e fazer um
convite para atentar ao ensino da Palavra do Senhor. Está escrito na Palavra,
“saí e apartai-vos”.
Há quatros
pontos que tentarei mostrar aos meus leitores examinando este poderoso assunto.
Primeiro, eu
tentarei mostrar que o mundo é uma fonte de grande perigo para a alma.
Segundo, eu
tentarei mostrar o que não é o sentido de separação
do mundo.
Terceiro, eu
tentarei mostrar em que a real separação do mundo consiste.
Quarto, eu
tentarei mostrar o segredo da vitória sobre o mundo.
E agora,
antes de prosseguir, deixe-me avisar a cada leitor deste tratado que ele nunca
entenderá este assunto a menos que ele entenda primeiro o que é um cristão
verdadeiro.
Se você é
daquelas infelizes pessoas que acreditam que um cristão é aquele que vai a um
lugar de adoração, não importando como ele vive, ou no que acredita, eu temo
que você pouco se importará com separação do mundo.
Mas se você
lê a sua Bíblia, e é zeloso com a sua alma, você saberá
que há duas
classes de cristãos, os convertidos e os
não convertidos. Você saberá que aquilo que os judeus eram entre as nações no
Velho Testamento, o verdadeiro cristão é para ser no Novo.
Você
entenderá o que eu quero dizer quando eu digo que o sentido de “verdadeiros
cristãos”, de certa maneira, é para ser um “povo peculiar” no Evangelho, e que
deve haver uma diferença entre crentes e descrentes.
Portanto,
para você eu faço um apelo especial neste momento.
Enquanto
muitos evitam o assunto da separação do mundo, e muitos certamente o odeiam, e
muitos ficam confusos sobre isto, me dê sua atenção enquanto eu tento mostrar a
vocês a coisa como essa separação realmente é.
I. Primeiro,
eu tentarei mostrar que o mundo é uma fonte de grande perigo para a alma.
Lembrando
que por mundo, eu não quero dizer o mundo material onde nós vivemos e nos
movemos. Aquele que aparenta dizer que
nada do que Deus criou nos céus acima, ou abaixo da terra, é em si prejudicial
à alma do homem, diz algo irracional e absurdo.
Pelo
contrário, o sol, a lua, as estrelas, as montanhas, os vales, e as planícies,
os mares, lagos e rios, a criação animal
e vegetal todos em si são muito bons.
Tudo está cheio de lições sobre a sabedoria e o poder de Deus, e todos
proclamam diariamente, “A mão que nos fez é divina”. A ideia que a “matéria” é
em si pecaminosa e corrupta, é uma tola heresia.
Quando eu
falo de “o mundo” neste estudo, eu quero dizer aqueles que pensam apenas ou
principalmente nas coisas deste mundo, e negligenciam as do por vir as pessoas que estão sempre pensando mais na
terra do que no céu, mais no tempo que na eternidade, mais no corpo do que na alma,
mais em agradar o homem do que a Deus.
É deles e de
seus caminhos, hábitos, costumes, opiniões, práticas, gostos,
alvos,
espírito e tom que eu estou falando quando falo do “mundo”.
Este é o mundo
do qual Paulo nos fala para “Sair e ser
separado”.
TEM
CONTINUAÇÃO.
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