Dei o livro
a ela e pedi-lhe que o lesse e desse sua opinião.
Na semana
seguinte, nos sentamos para conversar e eu lhe perguntei: O que você achou?
Ela
respondeu: Gostaria de ter lido esse livro trinta anos atrás.
Ele explica
o que houve de errado em nosso casamento.
Então,
sugeri: E se tentássemos agora, você acha que faria alguma diferença?
Ela
respondeu:
Não temos
nada a perder.
Então está disposta a tentar? perguntei.
Claro ela
concordou. "Conversamos sobre nossas linguagens do amor predominantes e
combinamos, com a ajuda de Deus, procurar falar na linguagem do amor
predominante um do outro pelo menos uma vez por semana, não obstante nossos
sentimentos. Se alguém tivesse me falado que em dois meses eu teria sentimentos
intensos de amor por minha esposa, eu não acreditaria, mas é o que está acontecendo."
A essa altura, Joane interrompeu para comentar: "Se alguém tivesse me
falado que algum dia eu voltaria a sentir amor por Beto, eu diria que seria
impossível. Mas é o que estou sentindo agora. E como se estivéssemos em
lua-de-mel outra vez. Um mês atrás, saímos de férias juntos pela primeira vez
em vinte anos. Foi maravilhoso. Voltamos a gostar da companhia um do outro.
Minha única tristeza é que perdemos vinte anos. Agora eu vejo como nós dois
tínhamos uma necessidade profunda de ser amados e, no entanto, nenhum de nós
sabia como suprir a necessidade do outro. Como seria bom se todos os casais
pudessem descobrir o que nós descobrimos. Faz toda diferença".
Como Beto e
Joane, milhares de casais descobriram que falar a linguagem do amor
predominante de seu cônjuge muda radicalmente o clima do casamento. Quando uma
pessoa se sente de fato amada pelo cônjuge, fica muito mais aberta para
sugestões e pedidos. Evidentemente, o processo de encher o tanque de amor de
seu cônjuge é demorado, mas não tanto quanto você imagina. Beto e Joane viveram
com tanques separados durante vinte anos, mas o clima emocional de seu
casamento mudou em dois meses. Você não estará pronto para pedir mudanças
enquanto seu cônjuge não tiver passado algumas semanas com o tanque de amor
cheio. Não posso determinar quanto tempo vai ser necessário, mas posso dizer
como você pode saber se está pronto para o próximo passo. Alguns anos atrás,
criei um jogo que tem ajudado milhares de casais.
Chama-se
Ponteiro de Combustível e funciona assim:
Depois de
passar um mês falando com freqüência a linguagem do amor predominante de seu
cônjuge, pergunte-lhe: "Numa escala de 0 a 10, como está o nível de seu
tanque?". Se seu cônjuge disser qualquer número diferente de 10, pergunte:
"O que eu posso fazer para encher seu tanque?". Quando seu cônjuge
fizer sugestões, siga-as da melhor maneira possível. Faça esse jogo uma vez por
semana. Quando você começar a receber 8, 9 ou 10 como resposta com freqüência,
saberá que está pronto para o próximo passo.
ENTRANDO EM AÇÃO
1 - Quais são suas queixas mais freqüentes em
relação ao seu casamento?
2 - Quais são as queixas mais freqüentes de seu
cônjuge?
3 - Com essas respostas em mente, procure
determinar quais são as linguagens do amor preferidas pelo cônjuge.
(Classifique em ordem de importância, sendo 1 a mais desejada e 5 a menos
desejada.)
Palavras de
afirmação
Presentes
Atos de
serviço
Tempo de
qualidade
Toque físico
4 - Usando o mesmo sistema de classificação,
indique quais linguagens do amor você prefere:
Palavras de
afirmação
Presentes
Atos de
serviço
Tempo de
qualidade
Toque físico
4 - Se seu cônjuge estiver disposto, peça-lhe para
completar os itens 1 a 4. Conversem sobre as respostas e definam as linguagens
do amor predominante e secundária de cada um. Tenham como propósito falar sobre
essas duas linguagens ao longo do próximo mês e vejam o que acontece. Se seu
cônjuge não estiver interessado em participar desse exercício, não desanime.
Simplesmente comece a falar as linguagens do amor predominante e secundária
dele com base em seus "palpites" no item 3 e veja o que acontece ao
longo do próximo mês. Lembre-se: amor gera amor.
Mudanças, por favor
Como fazer
meu cônjuge mudar?”
Suponho que,
no fundo, era isso que você queria saber quando pegou este estudo. Talvez você
tenha pensado: Sem manipulação? Estaria até disposto a manipular meu cônjuge se
isso o fizesse mudar de verdade. Apesar de ser uma idéia compreensível, não
creio que deseje colocá-la em prática. As mudanças resultantes de manipulação
são sempre acompanhadas de ressentimento. O ressentimento afasta as pessoas, e
não é isso que a maioria dos casais deseja para seu relacionamento. A
manipulação reduz o casamento a uma negociação de contrato: "Se você fizer
isso, farei aquilo". As piores formas de manipulação não passam de uma
tentativa por parte de um dos cônjuges de controlar o outro: "Se você não
fizer isso...". Talvez essa ameaça assuste o outro o suficiente para
concordar em mudar, mas a mudança será externa e temporária. A verdadeira
mudança vem de dentro, não de circunstâncias manipuladoras. Então, como você
pode conseguir uma mudança verdadeira? Se você já leu e colocou em prática as
sugestões dos dois capítulos anteriores, está pronto para pedir mudanças ao
cônjuge. O método que vou descrever a seguir só será eficaz se você tiver, de fato,
tratado seus erros e estiver expressando a linguagem do amor predominante de
seu cônjuge. Uma vez lançados os alicerces corretos para o relacionamento
conjugai, as mudanças verdadeiras são possíveis. Primeiro, faça uma lista de
algumas coisas que, a seu ver, poderiam ser diferentes em seu cônjuge. E
importante ser específico; afirmações gerais não funcionam. Por exemplo:
"Gostaria que ele conversasse mais" é muito geral e difícil de medir.
Se seu objetivo é aumentar a comunicação, escreva: "Quero pedir a meu
cônjuge para passarmos vinte minutos todas as noites de segunda a sexta
conversando um com o outro, falando sobre idéias e sentimentos relacionados aos
acontecimentos do dia". Esse é um pedido específico, claro, viável e
mensurável. "Gostaria que você parasse de me perturbar" é vago
demais. Escolha uma área em que sente que seu cônjuge está perturbando você e
faça um pedido específico relacionado a essa área. Você pode dizer, por
exemplo: "Como você sabe, aceitei a responsabilidade de colocar o lixo para
fora. Gostaria de pedir que, no futuro, não ficasse me lembrando dessa tarefa.
Talvez eu não a realize de acordo com seu cronograma, mas vou cumprir minha
responsabilidade. Sua insistência me faz sentir como se eu fosse uma criança e
você, minha mãe. Não gosto disso e não creio que seja saudável para nosso
casamento. Portanto, não fale mais sobre o lixo". Se seu marido lhe pedir
isso, talvez você tenha vontade de me dizer: "Mas ele não vai levar o lixo
para fora. Se eu não disser nada, a lixeira vai transbordar e ficar assim a
semana inteira". Minha resposta é: "Se você deseja estar casada com
uma criança, continue a insistir com seu marido sobre o lixo; mas se deseja
estar casada com um adulto, trate-o como adulto. Ele não vai agir como adulto
se continuar a ser lembrado de suas responsabilidades. E, por favor, não leve o
lixo para fora; isso seria um insulto ainda maior. Passe um spray desodorizante
ao redor da lixeira, mas não toque nela. Você vai se surpreender com o
resultado". Pois bem, agora que você pensou nos pedidos específicos, está
preparado para aprender como expressá-los a seu cônjuge? A seguir, três
sugestões para fazê-lo corretamente:
escolha o
momento; não exagere nas críticas e elogie antes de pedir.
ESCOLHA O
MOMENTO
Ao se
preparar para pedir uma mudança ao cônjuge, é extremamente importante escolher
o lugar e a hora e ser sensível ao estado emocional dele. A melhor hora é
depois de uma refeição, e nunca antes. Quando estamos com fome, ficamos
irritáveis e, portanto, temos dificuldade de aceitar sugestões. Você já notou
como, numa viagem em família, quando todos estão com fome, é mais fácil surgir
discussões? Percebeu como as crianças brigam entre si e você grita com elas? A
fome e a irritabilidade andam juntas. Quando você está prestes a fazer algo tão
importante quanto pedir uma mudança ao cônjuge, certifique-se de que ele está
alimentado.
O pedido
também deve ser feito sempre em particular. Nunca peça nada na frente de outras
pessoas. Ao pedir em público, você cria uma situação humilhante, mesmo que
disfarce seu pedido com humor. "Minha esposa cozinha um ovo que também
serve de bola de tênis." As outras pessoas podem achar graça, mas sua
esposa vai sentir a farpa. Não espere comer um ovo cozido "no ponto"
tão cedo. É mais provável que você seja atingido por um ovo cru no dia
seguinte. Comentários humilhantes só geram ressentimento e vingança. Se você
deseja ser atendido, peça em particular. Eis como um marido fez um pedido bem-sucedido
certa noite, depois do jantar: "Querida, gosto muito que você prepare ovos
cozidos para mim três vezes por semana. Adoro comer um ovo com a gema mole no
café da manhã. Será que, às quartas-feiras, você pode preparar o ovo dessa
forma? Olhei num livro de receitas e descobri que, para a gema ficar mole, você
deve cozinhar o ovo três minutos depois que a água ferver. Se for o caso, posso
comprar um relógio de cozinha. Ficaria muito feliz se, uma vez por semana, você
cozinhasse um ovo com a gema mole". Esse marido conseguiu o ovo do jeito
que queria.
Outro
elemento a ser considerado é o estado emocional de seu cônjuge. Ele está
emocionalmente preparado para receber uma sugestão hoje à noite? Algumas
noites, nos sentimos emocionalmente exaustos. Se tudo o que fizemos ao longo do
dia teve resultados negativos e se todas as pessoas com as quais falamos
reclamaram de alguma coisa, a última coisa que dese-jamos é chegar em casa e
ouvir o marido ou a esposa pedir para mudarmos em alguma área. Até o pedido mais
simples pode ser a gota d'água e nos fazer explodir. Como saber se seu cônjuge
está emocionalmente preparado para receber uma sugestão? A melhor maneira de
descobrir é perguntar: "Querido, esse é um bom momento para lhe pedir
algo?". A resposta pode até ser "não", mas posso garantir: meia
hora depois ele vai querer saber o que era. Vai ficar morrendo de curiosidade!
Mas você deve responder: "Não precisamos falar sobre isso hoje à noite.
Avise quando você estiver disposto a conversar". E bem provável que seu
cônjuge diga: "Agora é uma boa hora". Se isso acontecer, prossiga com
seu pedido, pois você já ajudou seu cônjuge a se preparar emocionalmente. Nunca
pegue o outro de surpresa com um pedido de mudança. Procure sempre saber se ele
está emocionalmente preparado para receber uma sugestão.
NÃO EXAGERE NAS
CRÍTICAS
Os casais
que não têm um sistema para pedir mudanças, geralmente acumulam uma porção de
queixas até a pressão se tornar intensa demais e provocar uma erupção de
críticas destrutivas. O marido diz: Por que é tão difícil anotar a data e o
valor dos cheques no talão? Queria ver você fazer as contas com um talão em que
metade dos cheques são de não sei quanto e para não sei quando. Depois da
saraivada inicial, ele continua: Mais uma coisa. Por que você bagunça tanto a
escrivaninha? Não consigo encontrar nada. E por falar nisso, você esqueceu o
portão da garagem destrancado de novo hoje cedo. Aliás, custa pegar a
correspondência quando estou fora? As vezes volto de viagem e a caixa de
correio está abarrotada.
Essa
overdose de críticas quase nunca tem um resultado positivo. Hostilidade gera
hostilidade. O excesso de palavras provocadoras e condenatórias provavelmente
fará seu cônjuge revidar. Pois fique sabendo que você também não é perfeito.
Não posso contar com você para nada. Prometeu comprar um moletom de lembrança
para mim na última viagem e se esqueceu de novo. Aliás, estou cansada de fazer
tudo sozinha em casa.
Você não
levanta um dedo para me ajudar. Eu não sou sua escrava, entendeu? E não sei
como tem a coragem de reclamar que esqueci o portão aberto se você nunca fecha
as gavetas do armário. Esse tipo de conversa não produz nada construtivo. O
marido atacou, a esposa revidou e cada um foi para seu canto, magoado e
defensivo. Nenhuma mudança para melhor pode ocorrer num ambiente como esse.
Esse número exagerado de críticas destrói a motivação para mudar. Lembro-me de
um marido que veio conversar comigo vários anos atrás e começou dizendo: Não
vim aqui para fazer aconselhamento. Vim para dizer que estou me separando de
minha esposa. Queria que você soubesse por mim. Quando eu for embora, com
certeza ela vai telefonar para você, pois ela o respeita. Estamos casados há
oito anos e não me lembro de um único dia em que ela não tenha me criticado.
Ela critica meu penteado, meu jeito de andar, de falar, de vestir e de dirigir.
Não gosta de nada em mim. Concluí que, se eu sou assim tão horrível, ela merece
algo melhor. Mais tarde, no mesmo dia, a esposa telefonou para meu consultório.
Conversei com ela sobre aquilo que o marido havia dito. Ela começou a chorar e
disse: Eu só estava tentando ajudá-lo. Tentando ajudá-lo? Ela acabou com ele.
Ninguém tem estrutura emocional para lidar com uma overdose de críticas. Todos
nós desejamos alguma mudança no cônjuge, mas o excesso de críticas não é o meio
de consegui-la.
Sugiro que
você nunca faça mais de um pedido de mudança por semana. No total, são
cinqüenta e dois pedidos por ano, e esse número deve ser mais do que
suficiente. Algumas pessoas são emocionalmente frágeis demais para lidar até
com um pedido por semana. Nesse caso, não faça mais do que um pedido a cada
duas ou três semanas. Quando você começar a desenvolver a arte de fazer
pedidos, talvez seja interessante alternar as semanas com seu cônjuge. Numa
semana você pode fazer uma sugestão, na semana seguinte, é a vez do outro.
Aliás, nas semanas de "folga", sugiro que você convide seu cônjuge a
compartilhar algum aspecto em que ele gostaria que você mudasse. Quando vocês
estiverem em casa à noite, depois do jantar, você pode dizer: "Que tal se
hoje você me pedir algo. Diga-me uma coisa que me tornaria um marido / uma
esposa melhor". Como foi você quem iniciou a conversa, seu estado
emocional já é adequado; resta apenas escolher o melhor lugar e hora para pedir
ao cônjuge que lhe sugira algum aspecto em que você pode melhorar.
Pessoalmente,
consigo lidar com um pedido de minha esposa por semana, desde que seja feito
depois de uma refeição, em particular e quando eu estiver me sentindo
emocionalmente estável. Desejo ser um marido melhor e posso me dedicar a uma
coisa por semana. Mais do que isso, eu me sinto sobrecarregado. Se receber uma
overdose de sugestões, provavelmente não farei mudança alguma. Talvez você
tenha sido criado numa família excessivamente crítica. Seus pais lhe diziam
todos os dias o que você estava fazendo de errado e o que precisava mudar.
Raramente faziam um elogio, mas não faltavam reprovações. Agora que você é uma
pessoa adulta e casada, talvez esteja exagerando nas críticas ao cônjuge sem
perceber, pois esse é seu padrão de comportamento desde a infância. Pode ser
interessante perguntar ao cônjuge: "Eu sou crítico demais?".
Se a
resposta for sim, pode ser uma boa idéia você pedir perdão e explicar que não
havia percebido. Depois de limpar a área, combine com seu cônjuge de se limitar
a sugerir apenas uma mudança uma vez por semana (ou uma vez a cada duas
semanas). Evidentemente, seu cônjuge também poderá fazer sugestões. Para alguns
casais, a seguinte técnica é bastante útil: se um cônjuge fizer mais de um
pedido na mesma semana, o outro simplesmente mostra dois dedos e diz: "Meu
bem, esse já é o segundo...". Combinem de deixar o segundo pedido para a
semana seguinte. Se você tiver uma porção de coisas que estão perturbando,
anote-as e, a cada semana, escolha uma. Aprender a limitar o número de pedidos
aumenta a probabilidade de mudança. Quando a pessoa se vê sobrecarregada de
críticas, a tendência é ressentir-se ou ficar com raiva, duas emoções que não
promovem mudanças. Quebrar o círculo vicioso de críticas excessivas pode salvar
seu casamento.
TEM
CONTINUAÇÃO DIARIAS.
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