(d) Quando
Paulo disse “Saiam e se apartem” ele não
quis dizer
que os cristãos deveriam ser únicos, excêntricos,
e peculiares
em suas roupas, modos, comportamento ou fala.
Qualquer
coisa que atraia a atenção para estas questões
é na sua
maior parte repreensível, e deve ser cuidadosamente
evitada.
Usar roupas
de uma determinada cor, ou feita com um determinado estilo, que quando você
está acompanhado cada olho está fixo em você, e você é um objeto de observação
geral, é um grande erro.
Isso dá
margem para os ímpios ridicularizarem a religião, e parece pretensioso e
artificial.
Não há a
menor prova que nosso Senhor e Seus apóstolos, Priscila, Pérside e seus
companheiros (Romanos 16:12), não se vestiam e não se comportavam como os
outros de sua própria classe.
Por outro
lado, uma das muitas acusações que nosso Senhor fez contra os Fariseus foi de
alargarem seus filactérios e aumentarem as franjas dos seus mantos, para serem
“vistos pelos homens” (Mt 23:5).
A santidade
e a beatice verdadeira são coisas inteiramente
diferentes.
Aqueles que
tentam mostrar sua separação do mundo usando roupas evidentemente feias, ou
falando com voz chorosa e fanhosa, ou simulando uma homogeneidade, humildade e
seriedade anormais, de maneira a perder a sua identidade por completo, e apenas
dar oportunidade para os inimigos do Senhor blasfemarem.
(e) Quando
Paulo disse “Saiam e se apartem” ele não
quis dizer
que cristãos devem se retirar da companhia da
humanidade,
e se isolar.
Este é um dos
erros gritantes da Igreja de Roma que supunha que a santidade renomada é para
ser alcançada por tais práticas.
É a triste
ilusão de todo um exército de monges, freiras e eremitas.
Uma
separação deste tipo não está de acordo com a intenção de Cristo. Ele diz
claramente em Sua última oração, “Não rogo que os tires do mundo, mas que os
guardes do Maligno” (Jo 17:15).
Não há uma
palavra em Atos ou nas Epístolas que recomende
tal
separação.
Os
verdadeiros cristão são apresentados se misturando com o mundo, cumprindo seus
deveres nele, e glorificando a Deus através da paciência, gentileza, pureza, e
coragem em suas diversas posições, e não por uma covarde deserção deles.
Além disso, é tolice supor que nós podemos manter
o mundo e o diabo fora dos nossos corações nos enfiando em buracos e cantos.
A verdadeira religião e separação do mundo são melhores vistas não em
abandonando timidamente o posto em que Deus nos colocou, mas em defendendo
bravamente nosso posto, e mostrando o poder da graça para vencer o mal.
(f) Por
último, mas não menos importante, quando Paulo disse, “Saiam e se apartem” ele
não quis dizer que os cristãos devem sair de cada igreja em que há membros não
convertidos, ou se recusar a adorar em companhia de qualquer um que não seja
crente, ou se manter afastado da mesa do Senhor se algum ímpio também for até
ela.
Este é um
erro bastante comum, mas um erro bem grave.
Não há um
texto no Novo Testamento para justificá-lo, e deve ser condenado como uma pura
invenção do homem.
TEM
CONTINUAÇÃO.
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