segunda-feira, 17 de novembro de 2014

CASAMENTO BENÇÃO FEITA POR DEUS..P/01..17/11/2014




CASAMENTO BENÇÃO FEITA POR DEUS..P/01..17/11/2014                      

                          casamento  beleza e transcendência

sob o ponto de vista cristão e bíblico, o casamento é uma instituição natural, inaugurada por Deus logo após a criação do homem e da mulher, que une duas pessoas de sexos diferentes, para viverem em companhia agradável, até que a morte ou a infidelidade contumaz e irreversível de um ou de ambos os cônjuges os separe, com a finalidade saudável de perpetuar a espécie e passar para os filhos as ideias de um Deus não criado, Todo-poderoso, criador e sustentador de todas as coisas visíveis e invisíveis, Senhor e amigo do homem. Assim posto, o casamento é de origem divina, heterossexual, monogâmico, estável e, salvo casos raríssimos (os que detêm da parte de Deus o dom do celibato espontâneo), indispensável para a realização interior do homem e da mulher.

                        encantamento e obrigações.

Qualquer comportamento diferente indica a intromissão do pecado original provocado pela queda do homem e do pecado atual e pessoal.
A prova disso é que, já em Gênesis, encontram-se várias aberrações progressivas, à luz da organização inicial do matrimônio: o início da poligamia (4.19), o início da libertinagem (6.2), o início da sodomia (19.5), o início da relação sexual entre pai e filhas (19.30-38), o início do estupro (34.2), o início da relação sexual entre enteado e madrasta (35.22), o início da prostituição (38.12-19) e o início do desrespeito aos compromissos conjugais (39.7-20). Só não se menciona algum caso de bestialidade (prática sexual com animais), que, talvez, já tivesse acontecido, já que um dos mandamentos de Deus proíbe que alguém se deite com animais (Lv 18.23). Jesus Cristo engloba todas essas "novidades" na área do sexo como "relações sexuais ilícitas" (Mt 5.32), expressão que aparecerá outra vez por ocasião do concílio de Jerusalém (At 15.20, 29). Salvo essas "relações sexuais ilícitas", o que fica é o sexo lícito  a relação inteira de um homem com sua esposa ou de uma mulher com o seu esposo, em todas as áreas, inclusive na troca de experiências sexuais, sempre que desejadas, não importando se delas virá ou não uma gravidez. É preciso perder a noção multissecular aberta ou oculta no mais fundo da consciência humana de que a relação lícita é algo menos santo, ou apenas permitido ou tolerado por Deus. O desejo de acariciar, apalpar, despir e manter um intercurso sexual com o cônjuge é natural, faz parte da criação de Deus e antecede a queda da raça humana (Gn 2.24). É natural para ambos os sexos, não apenas para o homem. O que faz a grande diferença entre relações sexuais ilícitas e relações sexuais lícitas, sem as inovações antinaturais, é o matrimônio.

                                 Por que nos casamos?

Passados centenas de séculos, ainda recebemos bonitos e originais convites de casamento, alguns deles carregados de romantismo. Afinal, por que continuamos a nos casar, a despeito de alguns pronunciamentos esdrúxulos que se lê nas revistas e se ouve na televisão, aqui e acolá, tanto de pessoas fúteis como de pessoas de formação acadêmica, ambas sem orientação religiosa e temor do Senhor?

                                   Amor.

Ainda nos casamos por causa do amor, que é o sentimento que predispõe duas pessoas de sexo oposto a se aproximarem e a permanecer juntas. Segundo o Dicionário técnico de psicologia, amor é aquele sentimento "cuja característica dominante é a afeição e cuja finalidade é a associação íntima de outra pessoa com a pessoa amante". Evidentemente, esse amor está ligado de forma íntima à sexualidade humana, como ensina a psicanálise e como se pressupõe na própria Bíblia. Um provérbio francês diz que "o amor é  como sarampo, todos temos de passar por ele". O amor é mais do que a mera amizade. Daí a frase : "Quando o amor nos visita, a amizade se despede". Embora fosse um casamento arranjado, a Bíblia diz que Isaque amou a Rebeca (Gn 24.67). É conhecidíssima a história de que Jacó amou a Raquel com tal intensidade que trabalhou 14 anos para o sogro a fim de tê-la como esposa (Gn 29.18 e 30). As Escrituras ainda registram o amor de Mical, filha de Saul, por Davi (1 Sm 18.20) e o de Elcana por Ana (1 Sm 1.5). A paixão é o amor elevado ao seu mais alto grau de intensidade, podendo sobrepor-se à lucidez e à razão. Não é o caminho mais indicado para o casamento, porque é imediatista e simplifica tudo. Na paixão, o sexo fica sozinho e impera à sua maneira, sem outras evidências de amor, como aconteceu com Amnom, que violentou a mulher pela qual se dizia enamorado e, depois, mandou-a embora.

                                   Parceria.

Ainda nos casamos por causa da parceria. Não fomos criados para permanecer sozinhos. São clássicas e reveladoras as conhecidas palavras de Deus a respeito da criação da mulher: "Não é bom que o homem viva sozinho. Vou fazer para ele alguém que o ajude como se fosse a sua outra metade" (Gn 2.18, ). O amor, e a sexualidade em seu bojo, não é a única razão do casamento, ainda que muito forte. A união das duas metades para formar uma só carne não se faz apenas por meio do sexo. Isso enfraqueceria o casamento e o tornaria vulnerável. O matrimônio é uma associação de idéias, de vontade, de propósitos, de alvos, de religião, de sacrifícios, de derrotas, de vitórias, de sangue e suor. Em torno da criação e educação dos filhos. Em torno da fé. Em torno da economia do lar. Em torno da saúde da família. Em torno do trabalho. Em torno do lazer. Em torno da felicidade coletiva.  A associação é pequena a princípio, mas pode aumentar para três, para quatro, para cinco ou para mais pessoas (os pais e os filhos). A associação não significa igualdade de temperamentos, de aptidões, de energia e de gostos. Mas significa obrigatoriamente ideais comuns, buscados a dois. Essa parceria, preparada desde a eclosão do amor antes do casamento (namoro e noivado), uma vez preservada e abastecida, talvez dê mais força ao casamento do que o amor em si.


                                 santidade.

Ainda nos casamos por causa da santidade pessoal. Tanto a sexualidade como a sede interior de Deus são características de nascença. Uma não precisa machucar a outra. Zacarias e Isabel "eram justos diante de Deus e irrepreensíveis em todos os preceitos e mandamentos do Senhor" (Lc 1.6). Mas isso nunca os impediu de ter relações sexuais, mesmo depois da velhice, quando Deus curou a esterilidade de Isabel para ela dar à luz a João Batista, o maior "entre os nascidos de mulher" (Lc 7.28). Além da razão dada pelos cientistas a favor de uma união monogâmica, heterossexual e estável  evitar as doenças sexualmente transmissíveis e o temível HIV, os cristãos têm o compromisso de não prejudicar o seu relacionamento com Deus por meio de uma relação sexual promíscua.
"Por causa da impureza", ensina o apóstolo Paulo, "cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido" (1 Co 7.2). Talvez Paulo tenha se inspirado naquele provérbio de Salomão: "Beba a água da tua própria cisterna e das correntes de teu poço" (Pv 5.15).
Para ficarmos sob a proteção das normas e não sob o bombardeio dos ímpetos, nós nos obrigamos a homologar a lei de Deus, juntando-nos dentro de um acordo de exclusividade e fidelidade mútuas.
 Santidade é aquele estilo de vida que não fere os mandamentos e imita o Senhor: "Sede santos, porque Eu sou santo" (1 Pe 1.16). Em todas as áreas. Inclusive na área da sexualidade. É por isso que Paulo diz que os solteiros e os viúvos, tanto do sexo masculino como do sexo feminino, "caso não se dominem, que se casem, porque é melhor casar do que viver abrasado" (1 Co 7.8-9).
                                 
                     repúdio e novo casamento.

Hoje em dia, o repúdio é praticado tanto pelo esposo como pela esposa, talvez mais por iniciativa daquele do que desta.

Por que uma esposa rejeita seu marido? Por que um marido rejeita sua esposa?

As razões são inúmeras e por vezes muito complexas. Vão desde o choque de temperamentos até o adultério. A sensibilidade feminina não suporta por muito tempo maridos brutos, bêbados, malandros, egoístas, explosivos e paqueradores. A sensibilidade masculina não suporta por muito tempo esposas desleixadas, ciumentas, gastadeiras, impacientes, briguentas e mandonas. Não há casamento que tolere infidelidade não confessada e repetida, tanto do esposo como da esposa. O mesmo acontece quando a preferência sexual dos cônjuges é homossexual. A enfermidade crônica do esposo ou da esposa, ainda que provoque grandes problemas, não deveria acabar com o matrimônio. Mas isso só acontece quando o amor conjugal "é forte como a morte" (Ct 8.6) e o desprendimento alcançam níveis muito altos. Casamentos costumam acabar quando há demasiada interferência da parte dos pais dos esposos ou quando estes se mantêm demasiadamente carentes de pai e mãe e demasiadamente apegados a eles. Quando não há perdão mútuo, também não há continuidade no casamento. Porque os cônjuges não são perfeitos e sempre cometem injustiças em seu relacionamento. Os choques de temperamento, de formação e de herança genética só serão superados por meio de tolerância e perdão de ambos os lados. Outro imprevisto que pode balançar o casamento é a esterilidade feminina ou masculina. Essa foi a experiência de Abraão e Sara, Jacó e Raquel, Elcana e Ana. Em alguns casos, o problema é inverso. O número alto demais de filhos pode esgotar a saúde da mulher e abalar a economia doméstica. A solução não é o repúdio e o novo casamento. Primeiro, porque isso é contrário à lei de Deus e ao bom senso, além de custar um preço muito alto para os cônjuges e para os filhos. Segundo, porque, sem as necessárias correções, que poderiam salvar o primeiro casamento, o matrimônio seguinte continua a correr o mesmo risco de acabar. Antes de se encontrar com Jesus Cristo, junto à fonte de Jacó, a mulher samaritana tinha sido repudiada por cinco diferentes maridos (Jo 4. 17-18). O que evita de fato o repúdio são a santidade de vida e a prática do amor intenso de ambos os cônjuges  o amor de 1 Coríntios 13: paciente, bondoso, "que tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta". É como afirmam os Provérbios (10.12) e a Primeira Epístola de Pedro (4.8): "O amor cobre multidão de pecados".
TEM CONTINUAÇÃO.
                     
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